Hiperatividade precisa de remédio? Conheça terapias alternativas
Postado: 14 de outubro de 2016
Uma criança inquieta, que na escola mal para sentada na cadeira, é uma forte candidata a receber um diagnóstico comum no Brasil: Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), tratado, na maioria dos casos, com remédios tarja preta. Esse tempo passou?
Não que o TDAH tenha saído da agenda dos p
rofissionais da educação ou da rotina dos pais desesperados por uma cura para o “mau comportamento” dos filhos. O que aconteceu foi que começaram a surgir alternativas aos medicamentos, que apresentam efeitos colaterais fortes, como taquicardia e insônia. A modernização das terapias para exercitar o cérebro, como o método Neurofeedback, tem apontado outro caminho possível para “medicar” de forma natural quem tem o transtorno.
A proposta do Neurofeedback, que teve sua origem no Japão, é treinar o intelecto para que o paciente consiga sustentar um determinado esforço mental por mais tempo. Ou seja, se a intenção dele for fazer uma tarefa inteira em sala de aula, com os meses de prática o cérebro vai saber como atingir esse objetivo. Chega a um ponto em que o raciocínio passa a se manter estável, evitando interrupções seguidas, como ocorre com quem tem TDAH.
Para alcançar um bom nível de concentração, no treinamento do Neurofeedback a criança fica conectada a um computador. As ondas cerebrais são medidas com ajuda de eletrodos. Quando o software detecta desatenção, imediatamente envia um sinal. Ao longo de dezenas de sessões, o jovem aprende a se controlar. Em geral os resultados do Neurofeedbacksão percebidos a partir da décima segunda sessão. A pessoa melhora o foco, reduz a ansiedade e entende melhor suas emoções.
O que diz a OMS?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o Décifit de Atenção e Hiperatividade como uma desordem neurológica. De acordo com a OMS, as terapias cognitivo-comportamentais, como Neurofeedback, são indicadas para as crianças com diagnóstico de TDAH. A OMS recomenda também que os pais recebam apoio para lidar com a situação.
No Brasil, algumas escolas já aplicam os direitos do Estatuto da Criança e do Adolescente nos casos de TDAH. Um jovem com o distúrbio pode ter condições especiais para fazer uma prova, ou solicitar assistência especializada na rotina escolar, como já acontece com quem sofre de autismo.
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