Os problemas ginecológicos mais frequentes no verão
Postado: 3 de março de 2016
Quando as temperaturas sobem, é preciso redobrar os cuidados com a higiene intima para evitar alguns episódios desagradáveis. “Durante o verão, é muito comum que frequentemos piscinas e praias. Dentro deste contexto, o uso prolongado de peças úmidas e roupas com tecidos sintéticos levam ao aumento da umidade e temperatura da região genital, proporcionando condições favoráveis para o crescimento de fungos, protozoários e bactérias no local. Além disso, tais hábitos podem fazer com que os corrimentos tornem-se mais recorrentes nesta época do ano”, esclarece o Dr. Fábio Sakae Kuteken, ginecologista do Hospital São Camilo (SP).
No que diz respeito aos corrimentos, o Dr. Domingos Mantelli Borges Filho (SP) explica que existem diferentes tipos e que cada um exige um tratamento específico. “Sempre que notar algo errado, é fundamental buscar ajuda médica para que o diagnóstico correto seja feito”, alerta. Dentre as doenças ginecológicas mais comuns dessa época, o especialista destacou a candidíase, tricomoníase e vaginose. Entenda cada uma:
Candidíase
Segundo o Dr. Domingos, a candidíase é causada pelo fungo do gênero cândida, um micro-organismo que pode ser, inclusive, transmitido durante o ato sexual, embora não seja uma DST. A candidíase provoca coceira, dores vagina, para urinar e durante o ato sexual, além de corrimento branco e de odor cítrico, semelhante ao de leite coalhado. “O problema tem cura, e o tratamento deve ser feito com antifúngico via oral e creme vaginal, por uma semana”, ressalta o médico.
Tricomoníase
“É uma doença causada pelo parasita Trichomonas vaginalis e a transmissão é pela via sexual”, informa o ginecologista. A tricomoníase causa inflamação da vagina, acompanhada de um corrimento amarelo-esverdeado e de odor desagradável, causando dores ao urinar e durante o sexo. Dr. Domingos ressalta que, se a doença não for tratada, é fator de risco para infertilidade e câncer do colo do útero. O tratamento é feito com medicamento via oral e, apesar de ser muito eficiente, não trata outros problemas, como gonorreia e candidíase. “Por isso, cada tipo de corrimento conta com um tratamento específico”, justifica.
Vaginose bacteriana
A vaginose bacteriana é causada principalmente pela bactéria Gardnerella Vaginalis. “Seu principal sinal é um corrimento amarelo ou branco-acinzentado, com um cheiro forte de peixe podre, que piora durante as relações sexuais e a menstruação. Também pode provocar ardor e um pouco de coceira”, informa o especialista. O tratamento também é realizado com medicamento via oral e creme vaginal.
Previna-se!
O médico ensina ainda como reduzir os riscos de desenvolver essas doenças:
– Evite usar calças apertadas! Prefira utilizar roupas mais leves e ventiladas como vestidos e saias. Quanto às partes de baixo, as calcinhas de algodão são sempre a melhor opção;
– É fundamental manter a higienização adequada na região genital. Para facilitar, deixe os pelos pubianos sempre aparados. Também é importante fazer higiene íntima após urinar, evacuar, ter relações sexuais e ao trocar o absorvente (a cada quatro horas). O sabonete utilizado deve ser neutro ou sabonete higiênico íntimo indicado pelo ginecologista. “Não utilize sabonete comum na higiene íntima e, após a lavagem externa, utilize toalha higiênica para secar a genitália. O uso regular e descuidado do papel higiênico pode causar irritação local”, alerta.
– Lave roupas íntimas com água e sabão e seque-as ao sol. Não as seque em ambientes fechados e úmidos como banheiros;
– Jamais compartilhe sabonetes, peças íntimas e toalhas.
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Publicado por: Susga Diagnostico
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