Quando a alergia sai de controle: entenda o choque anafilático
Postado: 10 de março de 2016
Quando uma reação alérgica é muito intensa, ocorre o chamado choque anafilático, também conhecido como anafilaxia. Ele afeta o corpo inteiro e pode ser fatal, caso a pessoa não receba o tratamento de emergência.
Toda alergia é uma resposta exagerada do sistema imunológico a alguma substância estranha no organismo. O choque anafilático é considerado a expressão de maior emergência das alergias. Seu diagnóstico é clínico (baseado no histórico e na análise do exame físico da pessoa) e não há um teste capaz de detectar sua possibilidade.
Causas
O choque anafilático pode ocorrer em razão do contato com:
– Alimentos: sendo derivados do leite, frutos do mar, amêndoas e amendoim os causadores mais comuns;
– Anti-inflamatórios: Medicamentos como o dipirona e a aspirina;
– Picadas de insetos: abelha, marimbondo, vespa, formiga, etc.;
– Derivados de borracha: O latex é o mais comum.
Sintomas
O quadro típico do choque anafilático é o de um colapso cardiorrespiratório, no qual a pessoa fica com dificuldade para respirar, sudorese intensa, hipotensão, palidez, corpo frio, pulsação acelerada, chiado ao respirar, desmaio, urticária (caracterizada por placas avermelhadas distribuídas pelo corpo) e angioedema (inchaço da pele, mais comum ao redor dos olhos, nos lábios e língua).
Nos casos de reações alérgicas, o edema mais perigoso é o edema de glote, também conhecido como edema de laringe, em que ocorre o inchaço na região da glote, no esôfago, impedindo a passagem do ar.
– Olhos: lacrimejamento e coceira;
– Pele: coceira, placas, (urticária), angioedema (inchação);
– Aparelho respiratório: rinite, edema de laringe (glote), asma, falta de ar, chiado, tosse, asfixia;
– Aparelho gastro-intestinal: vômitos, dor abdominal, diarreia;
– Aparelho circulatório: sudorese, queda da pressão, arritmias, desfalecimento e parada cardíaca.
Primeiros socorros e tratamento
A primeira coisa a se fazer quando há suspeita de choque anafilático, é telefonar para o serviço de emergência o mais rápido possível: SAMU (192) ou Bombeiros (193). Enquanto aguarda a ajuda especializada, é preciso tentar identificar o que provocou a reação alérgica e tentar remover a substância que provocou a alergia.
O atendimento hospitalar deve ser iniciado com agilidade, mediante a aplicação de uma injeção de adrenalina, até que se iniciem outros medicamentos apropriados. Se a garganta estiver fechada e impedir a passagem do ar, é necessário realizar uma cricotireoidotomia (fazer o paciente respirar por aparelhos) para manter a integridade cerebral, até que a situação seja normalizada.
É importante salientar que, apesar de se tratar de uma situação de emergência, o choque anafilático, quando diagnosticado e tratado com rapidez, costuma ter boa resposta.
Para as pessoas que já sofreram um choque anafilático, é recomendado portar uma pulseira com identificação da doença. Isso pode ajudar o médico a identificar a causa do problema mais facilmente caso a pessoa esteja inconsciente.
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Publicado por: Susga Diagnostico
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